sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Equivalências das Lampadas

Gostaria de saber sobre equivalências em mcd, o que significa, e como falar sobre o assunto? Gostaria de saber também a razão de potência a luminosidade; se o consumo relativo a potência é real ou proporcional.

Em luminotécnica a nomenclatura mcd se utiliza para expressar as microcandelas, unidades de muito baixa energia radiante luminosa que foram bastante utilizadas nos LED´s, sobretudo antes da aparição dos LED´s de alta potência. Porém antes de entrar no mérito das equivalências que você solicita, acho importante fixar alguns conceitos.

Grandeza: Fluxo luminoso – Energia radiante luminosa instantânea, emitida entre as freqüências de 380 a 780 nm (nanômetros) por uma fonte primária.A unidade internacional de medida (SI) que se utiliza é o Lúmen (lm), que mede, então, a quantidade de energia luminosa emitida num instante por um corpo luminoso na gama de freqüências que vai dos 380nm (violeta) aos 780nm (vermelho). 
A equivalência de uma vela comum acesa colocada no centro de uma esfera oca ilumina a superfície interna da esfera com uma energia de 12,6 lúmens (daí que se toma aproximadamente 1 vela = 12 lúmens. Não interessa neste caso o diâmetro da esfera, uma vez que quanto maior este for, estarão mais dispersos os raios emitidos pela vela e, portanto, menos intensa será a energia radiante por unidade de área. Porém, como a área é maior, a quantidade total de energia radiada é constante).

Grandeza: Intensidade luminosa - É parte do fluxo luminoso de uma fonte monocromática, emitida numa determinada direção definida pelo ângulo espacial (ou sólido) expresso em esteroradianes. A unidade internacional utilizada (SI) é a Candela (cd), ou seja, lumens por unidade de esterroradian.

Grandeza: Iluminância ou iluminamento - É o fluxo que incide numa determinada superfície expressa em m². A unidade internacional de medida (SI) que se utiliza é o Lux (lx), que equivale a 1 lúmen por metro quadrado. 
De maneira aproximada, podemos, teoricamente, dividir a esfera utilizada na definição de Lúmenem 12,6 partes iguais (como hipotéticas fatias de uma bola esférica), desta forma as fatias tem o aspecto de cones com suas bases no formato de uma superfície curva hexagonal (como a bola de futebol). Desta forma, quanto maior o diâmetro desta esfera, maior também as superfícies desses hexágonos. Quando esses hexágonos atingem 1 metro quadrado se tem um iluminamento nessa superfície de 1 Lux. Nos países anglo-saxões se usam a unidade Footcandle (fc), que equivale a 10,76 Lux, já que utiliza como unidade de superfície o square foot (1 foot (pé) = 30,48 m, assim 10,76 = 1 / 0,3048 x 0,3048), tomando-se aproximadamente 10 lx = 1 fc

Equivalências: A seguir algumas equivalências e valores característicos: 
1 vela (candela) = 12,6 lúmens
1 micro candela = 0,0126 lúmens
1 lux = 1 lúmen por metro quadrado 
10,76 lux = 1 FC (footcandle). 
1 lâmpada incandescente de 100W, numa superfície de 9 m2 = 100 lux 
Luz do luar = 1 lux 
Vela a 30cm de distância = 10 lux 
Vela a 5cm de distância = 100 lux 
Isqueiro a 30cm de distância = 15 lux 
Flash comum a 1 metro de distância = 250 lux 
Dia claro, uma hora após o pôr do Sol = 1000 lux 
Dia nublado, uma hora depois do nascer do Sol = 2000 lux 
Refletores de uma sala cirúrgica = 10.000 lux 
Dia nublado às 10 horas da manhã = 25.000 lux 
Luz do Sol em dia claro = 100.000 lux 

Desta forma:
1.000 mcd = 12,6 lúmens
12,6 lúmens por metro quadrado = 12,6 lux

Podemos assim, facilmente verificar que um LED de 4.500 mcd equivale a uma lâmpada incandescente de 56,7w (praticamente 60w), porém, não devemos nos esquecer do ângulo sólido em que essa energia luminosa é irradiada. Então, se colocarmos uma lâmpada de 60 wats dentro de uma caixa e fizermos um pequeno furo nela, a luminosidade emitida é a mesma luminosidade de um LED de 4.500 mcd, pois esse pequeno furo tem um ângulo aproximadamente sólido, igual ao que o LED possui.

Acredito que a segunda parte de seu questionamento se refere ao que, em luminotécnica, denomina-se eficiência luminosa ou rendimento luminoso, que é a relação entre o fluxo luminoso de uma fonte e a potência aplicada (W) para obter tal fluxo. A unidade é lúmen / watt (lm/w).
Nem toda a energia consumida por uma fonte de luz artificial se transforma em luz visível, parte se transforma em outras radiações (invisíveis, calóricas, etc). A seguir alguns valores característicos de eficiência luminosa de algumas fontes:

Lâmpada incandescente = 10 a 15 lm/w
Lâmpada halógena = 15 a 25 lm/w
Lâmpada fluorescente compacta = 60 a 80 lm/w
Lâmpada de mercúrio a alta pressão = 50 a 90 lm/w
Lâmpada fluorescente tubular = 60 a 100 lm/w
LED´s = 85 a 98 lm/w (estes valores estão se majorando permanentemente)
Lâmpada de sódio em baixa pressão NA = 150 a 200 lm/w

Espero que esta informação, característica da área de fotometria, tenha esclarecido seus questionamentos.

Fonte:
Carlos Oliveira
Técnico em eletrotécnica
Rio de Janeiro - RJ

http://www.lumearquitetura.com.br/discussao_grandezas.html

domingo, 11 de agosto de 2013

Lâmpadas fluorescentes compactas podem causar danos à pele



Lâmpadas fluorescentes compactas podem causar danos à pele

Com informações da Univ. Stony Brooks

Lâmpadas fluorescentes compactas podem causar danos à pele
Os pesquisadores analisaram os efeitos da luz emitida pelas lâmpadas fluorescentes compactas sobre células da pele in vitro e descobriram que elas induzem danos compatíveis com os danos causados pelos raios ultravioleta.[Imagem: Stony Brook University]
Iluminação e saúde
As lâmpadas fluorescentes compactas (PLs)
têm sido vendidas à população como sendo
 mais vantajosas ao meio ambiente.
No entanto, elas podem potencialmente
fazer mal à pele.
Um estudo após o outro, têm mostrado
preocupações crescentes sobre o impacto
que essas lâmpadas podem ter sobre a saúde
humana.
Há poucos dias, outra pesquisa demonstrou 
que o mercúrio liberado pelas lâmpadas 
fluorescentes compactas pode exceder os níveis seguros.
Nos EUA, alguns hospitais já estão substituindo as lâmpadas 
fluorescentes - não apenas as compactas - por um tipo de iluminação mais saudável.
Raios ultravioleta das lâmpadas
Agora, inspirados por um estudo europeu que fez alertas adicionais sobre a 
sensibilidade à luz, uma equipe de pesquisadores dos EUA analisou os impactos 
que a exposição aos raios ultravioletas emitidos pelas lâmpadas fluorescentes 
compactas podem ter sobre os tecidos da pele humana saudável.
Os resultados revelaram níveis significativos de UVC e UVA (raios ultravioleta C e A),
que aparentemente se originam de fissuras nos revestimentos de fósforo
das lâmpadas, que foram detectadas em todas as fluorescentes compactas analisadas.
Os pesquisadores compraram lâmpadas PL em vários locais diferentes e 
mediram a quantidade de emissões de raios ultravioleta (UV) e a integridade 
do revestimento de fósforo de cada bulbo.
Danos a células da pele
A equipe então pegou as mesmas lâmpadas e estudou os efeitos da incidência 
de sua luz sobre células saudáveis da pele humana, incluindo:
fibroblastos, um tipo de célula encontrada no tecido conjuntivo, 
que produz o colágeno, e queratinócitos, uma célula epidérmica que produz
queratina, o material estrutural essencial na camada exterior da pele humana.
Os testes foram repetidos com lâmpadas incandescentes de mesma
intensidade e potência, e com a adição de nanopartículas de dióxido
de titânio (TiO2), que são encontradas em produtos de cuidados
pessoais para a absorção de UV, como os protetores solares.
"Nosso estudo revelou que a resposta das células da pele saudáveis
à radiação UV emitida pelas lâmpadas PL é consistente com os danos
da radiação ultravioleta," disse Miriam Rafailovich, professora de ciência
dos materiais e engenharia da Universidade Stony Brook.
"Os danos às células da pele foram ainda mais reforçados quando baixas
 doses de nanopartículas de TiO2 foram introduzidas nas células da pele
 antes da exposição," completa.
Cuidados com as fluorescentes compactas
A luz das lâmpadas incandescentes de mesma intensidade não teve
nenhum efeito sobre as células da pele saudável, com ou sem a presença de TiO2.
"Apesar de sua grande economia de energia, os consumidores devem
ter cuidado ao utilizar lâmpadas fluorescentes compactas," aconselha 
Rafailovich. "Nossa pesquisa mostra que é melhor evitar usá-las a distâncias 
muito curtas, e que elas se tornam mais seguras quando colocadas atrás 
de uma cobertura adicional de vidro."

domingo, 26 de maio de 2013

Economia das lâmpadas de LED x Dicróica

Economia das lâmpadas de LED x Dicróica

O custo da tecnologia dos LEDs de potência ainda está alto, porém, a médio e longo prazo já se justifica pelos benefícios econômicos e ecológicos.

Além das vantagens como:
O LED dura cerca de 10x mais que a lâmpada eletrônica e 20x mais que a dicróica, isso significa a geração de um lixo muito menor utilizando o LED.
Em locais de difícil acesso, o uso do LED reduz transtornos na troca da lâmpada.
Para minuterias, as lâmpadas eletrônicas têm sua vida útil reduzidas drasticamente, uma vez que o desgaste delas ocorre essencialmente no ato de ligá-la. Com o LED isto não interfere na sua vida útil.
O fato de usar menos energia para obter a mesma quantidade luminosa torna seu uso sustentável.

No estudo informal abaixo veremos:

1) na tabela ECONOMIA ATÉ O FIM DA VIDA ÚTIL DO LED:
Precisa-se de 20 dicróicas ou 12 eletrônicas ou 60 eletrônicas acionadas por minuterias para alcançar a vida útil do LED
Apesar do alto investimento inicial, estipulado a R$140,00 como limite para a compra de uma lâmpada de LED de potência compatível à dicróica de 50W, o LED mostra-se 3,6x ou cerca de R$1.300,00 mais econômico que a dicróica ao longo de sua vida útil, sem contar com gastos com transporte e mão de obra na troca das lâmpadas dicróicas.

2) na tabela ECONOMIA ATÉ O FIM DA VIDA ÚTIL DO LED - ponto de equilíbrio:
A partir da 4a troca de dicróica e da 9a de eletrônica, o custo de investimento inicial somado ao gasto energético se igualam, e a partir daí o LED começa a dar lucro ao usuário. Lembrando que à natureza, o lucro inicia-se na produção e na troca da primeira peça!
3) na tabela ECONOMIA ANUAL EM ENERGIA ELÉTRICA PARA CASA COM 20 DICRÓICAS 

OU 1000W INCANDESCENTE:
Para média de 4h de uso das lâmpadas por dia, obtém-se a economia de R$55,19 por mês ou R$2.649,00 pelo tempo proposto de 4h diárias por 4 anos (vida máxima de uma dicróica de boa qualidade)
Para média de 8h de uso das lâmpadas por dia, obtém-se a economia de R$110,38 por mês ou R$5.298,00 pelo tempo proposto de 4h diárias por 4 anos (vida máxima de uma dicróica de boa qualidade) Fonte: www.uniled.com.br










LÂMPADAS DE LED X AQUECIMENTO GLOBAL

LÂMPADAS DE LED X AQUECIMENTO GLOBAL.


Olá, pessoal, 

Voltando a trabalhar!
Uma "novidade" que pode ajudar na luta contra o aquecimento global, as lâmpadas de LED. 
Reconheço que nem eu conhecia essa lâmpada!!!


Pela foto podemos ver que ela não deixa nada a desejar diante das outras lâmpadas. 

(Nova York)

Há dois anos, o Palácio de Buckingham, na Inglaterra, adotou as lâmpadas LED. A atitude reflete uma tendência ainda incipiente em todo o mundo, mas que está começando a crescer rapidamente: trata-se da redefinição do conceito de iluminação.
Estudos sugerem que a conversão completa para a tecnologia LED diminuiria em até 50% as emissões de CO2 a partir do uso de energia elétrica para iluminação em pouco mais de 20 anos. As lâmpadas LED são mais de duas vezes mais eficientes do que as lâmpadas fluorescentes compactas, atualmente vistas como o padrão da iluminação “verde”.
Segundo um recente relatório da consultoria McKinsey & Company, a iluminação LED é o mais rentável de uma série de métodos simples para combater o aquecimento global utilizando tecnologias existentes.

Lâmpadas LED


Como funcionam: LED é a sigla em inglês para diodo emissor de luz, material semicondutor com o qual se fabricam tais lâmpadas. Quando uma corrente elétrica percorre o diodo, ele é capaz de emitir luz. A vantagem dessas lâmpadas em relação às demais é que consomem menos energia e duram mais tempo (veja o quadro abaixo)Ressalva: como as melhores versões à venda são equivalentes às lâmpadas de 40 watts, seriam necessárias duas delas para substituir a iluminação principal de um quarto. Sairia caro demais. Por enquanto, as lâmpadas LED compensam mais como auxiliares em luminárias laterais e abajuresEconomia de energia: consomem 80% menos energia na comparação com uma lâmpada incandescenteEconomia média na conta: 5 reais por mês, considerando a substituição de três lâmpadas de 40 watts comuns pelas LEDsIndicação dos especialistas: Lâmpada MasterLED (Philips)
Preço: 120 reaisRetorno do investimento: dois anos

Uma comparação entre lâmpadas

As diferenças entre os novos modelos LED e outras lâmpadas

Comentário dos especialistas:
LED - É a melhor opção para iluminar áreas menores, por meio de luminárias laterais ou abajures.Incandescente - O consumo elevado de energia reverte a vantagem de esta ser a lâmpada mais barata do mercado.Fluorescente - Com baixo consumo de energia e preço intermediário, ainda é a melhor opção para os principais pontos de luz numa casa.


Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br/sem-categoria/tecnologia-e-meio-ambiente-lampadas-led-trazem-esperancadeum-futuro-%E2%80%9Cverde%E2%80%9D/

Lâmpada Led X Lâmpada Fluorescente x Lâmpada Incandescente

Lâmpada Led X Lâmpada Fluorescente x Lâmpada Incandescente

Há três anos, o Palácio de Buckingham, na Inglaterra, adotou as lâmpadas LED. A atitude reflete uma tendência ainda incipiente em todo o mundo, mas que está começando a crescer rapidamente: trata-se da redefinição do conceito de iluminação.

Estudos sugerem que a conversão completa para a tecnologia LED diminuiria em até 50% as emissões de CO2 a partir do uso de energia elétrica para iluminação em pouco mais de 20 anos. As lâmpadas LED são mais de duas vezes mais eficientes do que as lâmpadas fluorescentes compactas, atualmente vistas como o padrão da iluminação “verde”.

Segundo um recente relatório da consultoria McKinsey & Company, a iluminação LED é o mais rentável de uma série de métodos simples para combater o aquecimento global utilizando tecnologias existentes.

Como funcionam: LED é a sigla em inglês para diodo emissor de luz, material semicondutor com o qual se fabricam tais lâmpadas. Quando uma corrente elétrica percorre o diodo, ele é capaz de emitir luz. A vantagem dessas lâmpadas em relação às demais é que consomem menos energia e duram mais tempo (veja o quadro abaixo)

Ressalva: como as melhores versões à venda são equivalentes às lâmpadas de 40 watts, seriam necessárias duas delas para substituir a iluminação principal de um quarto. Sairia caro demais. Por enquanto, as lâmpadas LED compensam mais como auxiliares em luminárias laterais e abajures.

Economia de energia: consomem 80% menos energia na comparação com uma lâmpada incandescenteEconomia média na conta: 5 reais por mês, considerando a substituição de três lâmpadas de 40 watts comuns pelas LEDs.

Indicação dos especialistas: Lâmpada MasterLED (Philips)

Preço: 120 reais

Retorno do investimento: dois anos

Ao Lado comparação entre lâmpadas: As diferenças entre os novos modelos LED e outras lâmpadas
Comentário dos especialistas:
LED - É a melhor opção para iluminar áreas menores, por meio de luminárias laterais ou abajures.

Incandescente - O consumo elevado de energia reverte a vantagem de esta ser a lâmpada mais barata do mercado.

Fluorescente - Com baixo consumo de energia e preço intermediário, ainda é a melhor opção para os principais pontos de luz numa casa.

Respondendo à perguntas:
Por enquanto, a lâmpada de Led ainda não está disponível em mercados do brasil, mas, pode ser encontrada em sites de venda pela internet.

Lembrando: "ela não é muito forte e sua eficácia é comprovada em abajures e locais que necessitem de pouca claridade. não vão culpar a lâmpada led por ela não clarear suas enormes salas, antes, leia as indicações dos lugares para seu uso.

Mesmo tendo sua mior eficácia em lugares que exijam pouca luz, a economia produzida já ajuda e muito.


(recicle suas idéias)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Chegou a hora de trocar as lâmpadas

Há mais de 130 anos, um senhor de nome Thomas Alva Edison, nascido em um vilarejo do estado norte-americano de Ohio, mudaria para sempre a vida das pessoas. Ele foi um verdadeiro gênio, que patenteou mais de mil invenções durante sua vida e que após muitas tentativas chegou ao encontro da lâmpada elétrica. Não foi ele o criador, mas foi o primeiro a fazê-la permanecer acesa por bastante tempo, naquela época, por monstruosas 40 horas. Era um filamento de algodão parcialmente carbonizado dentro de um bulbo de vidro com vácuo, que se aquecia com a passagem de corrente elétrica até ficar incandescente. Nascia então a primeira lâmpada incandescente.
Mal sabia Thomas Edison que sua experiência se tornaria um problema no início do século 21. Com a constante preocupação em relação ao meio ambiente, as lâmpadas incandescentes se transformaram em vilãs, principalmente pelo alto índice de consumo de energia e pelos materiais que é produzida, muito danosos ao meio ambiente. Mas por que então as pessoas ainda usam essas lâmpadas?
“O principal motivo da escolha de uma lâmpada incandescente na hora da compra ainda é o baixo custo que esse produto tem, especialmente quando falamos em consumidores com baixo poder aquisitivo”, conta Cláudia Capello Antonelli, gerente de produto da Osram, fabricante especializada em iluminação. Além do custo imediato, há outros fatores que as pessoas levam em consideração antes de comprar: a qualidade e a tonalidade fornecidas. “Há ainda quem prefira a tonalidade de cor amarelada oferecida pelas incandescentes, que torna o ambiente mais aconchegante. Mas isso já pode ser contornado com as tecnologias disponíveis no mercado atualmente”, completa Cláudia.
A principal substituta para as lâmpadas incandescentes são as fluorescentes compactas. Em circulação desde a década de 1940, estas são mais eficientes e consomem muito menos energia. Mesmo com o custo mais alto na hora da compra, em média, economiza-se até 80% em relação às tradicionais incandescentes e apresenta durabilidade seis vezes maior. Com a simples troca de lâmpadas, a redução do consumo do brasileiro em horário de pico poderia chegar a 37%, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de produtos de Iluminação (Abilumi). Apesar disso, há grande resistência por partes das pessoas. “Os consumidores têm sido relutantes em abandonar o uso de lâmpadas incandescentes ineficientes porque gostam da qualidade da luz que emitem”, diz Maria Arce, gerente de produtos led da GE Iluminação na América Latina.
Para onde vão as lâmpadas?
Se as fluorescentes compactas são mais eficientes e econômicas que as incandescentes, o problema do descarte é muito semelhante. No Brasil, são consumidas cerca de 100 milhões de lâmpadas fluorescentes por ano. Desse total, cerca de 94% são descartadas em aterros sanitários, sem nenhum tratamento. Isso contamina o solo e a água com metais pesados, principalmente o mercúrio.
A solução é melhorar o descarte e buscar locais adequados para isso. “No caso das lâmpadas, muitos itens podem ser aproveitados novamente depois de processos de reciclagem. Dessa maneira, o mais indicado é que as pessoas busquem orientação sobre pontos em que se pode fazer o descarte de forma responsável”, aconselha Cláudia.
Led: a nova geração
Se as lâmpadas fluorescentes são as substitutas naturais das incandescentes, ambas naturalmente serão sucedidas das lâmpadas de led. Estas têm como principais vantagens a longa durabilidade e elevada redução no consumo de energia, que pode chegar até 90%. Além disso, são mais ecológicas, já que não possuem metais pesados na composição.

Quanto a menos? (Clique para ampliar)
Dependendo do modelo, a vida útil pode chegar até 25 mil horas de funcionamento. “Esse foco é capaz de iluminar a mesa do quarto do seu filho, do seu nascimento até a formatura do segundo grau”, brinca Maria, evidenciando a durabilidade das lâmpadas de led. E isso contribui indiretamente com o planeta. Por proporcionar uma maior economia de energia, contribui com a preservação do meio ambiente e, além isso, como os led possuem uma grande vida útil, sua substituição é mais demorada, o que gera uma quantidade menor de resíduos a serem descartados.
Mesmo assim, é muito difícil encontrar pessoas que tenham lâmpadas led em casa. O principal motivo para isso é o investimento inicial, que assusta o consumidor acostumado com produtos mais baratos. É o caso da ecodesigner Bernardete Brandão, que quer fazer a troca, mas ainda não conseguiu por causa do preço. “É realmente caro. Como tenho mais de 15 em casa, a ideia é trocar aos poucos, mas ainda não consegui colocar em prática. Falta dinheiro”, conta. Ela sabe que é importante para o meio ambiente e para a conta de luz, mas além do preço, é difícil encontrar. “Ainda não se compra em supermercados esse item. É uma boa dica”, sugere Bernardete.
Conscientização é chave
Com o crescimento da demanda, é provável que o preço caia com o tempo. “Como qualquer outro produto com alta tecnologia agregada, as lâmpadas de led ainda têm um preço elevado, o que deve diminuir consideravelmente nos próximos anos”, acredita Cláudia. Aos poucos, a oferta de modelos deve se diversificar e com isso crescer o consumo desses produtos. “Com a crescente procura do consumidor por produtos eficientes, seu preço tende a cair e a oferta de modelos a diversificar”, opina Ricardo Cricci, diretor comercial da Golden.
Não importa se é incandescente, fluorescente ou led, o que deve ser feito é buscar hábitos que de fato economizem energia. “Muitas pessoas não sabem que o simples toque no interruptor para acender uma lâmpada está intimamente ligado à utilização de recursos naturais para a geração de eletricidade”, diz Cláudia. Para que cheguemos a esse nível de consciência, é preciso que haja uma mudança de hábito ligada à formação de opinião sobre o tema. Depois disso, é preciso fazer com que um número maior de pessoas opte por investir em produtos inteligentes, no caso, lâmpadas mais eficientes.
Outro fator importante e fundamental é cuidar da lâmpada, para que sua vida útil seja mais longa, além de verificar a necessidade de iluminação para cada ambiente. “Essa escolha é feita de acordo com a potência e o número de lâmpadas que serão utilizadas no ambiente. Vale ressaltar, ainda, que a variação da tensão de fornecimento de energia elétrica em nossas casas é um dos principais motivos que leva à queima de uma lâmpada. Caso seja frequente a queima de lâmpadas, é indicado que a pessoa procure um especialista e faça a revisão do sistema elétrico”, sugere Cláudia.
Há ainda outro tipo de perda de energia que pouca gente conhece e que acontece quando um interruptor é mantido ligado apesar da lâmpada, no caso fluorescente, estar queimada. “Todas as lâmpadas fluorescentes têm um pequeno aparelho chamado reator, que não para de funcionar mesmo quando a lâmpada está queimada, acarretando um desperdício de 20 a 25%, pois a energia continua passando pela lâmpada. Mas se o interruptor estiver desligado, não há consumo”, revela Alexandre Cricci, presidente da Abilumi.
Além das lâmpadas
Não são só as lâmpadas que pesam na conta de luz. Outros fatores relacionados à iluminação podem e devem ser levados em conta para economizar energia.
Pinte os ambientes com cores claras, principalmente o teto, já que reflete melhor a luz.
- Em áreas externas, use fotocélula para acionar as lâmpadas. Assim, evita-se o acendimento quando a luz solar é suficiente.
- Use dimmers, que controlam a intensidade de luz emitida pelas lâmpadas.
- Em áreas coletivas, no caso de prédios, use interruptores temporizados (minuteiras) ou sensores de presença.